Feto Real


Osmunda regalis e uma planta de larga distribuição, na Europa Ocidental, na América, na África e na Ásia. Aparece em todas as ilhas dos Açores onde é conhecida como feto-real. Surge também na ilha da Madeira. É uma espécie botânica pertencente à família de fetos Osmundaceae.

Na crença popular portuguesa sustentava-se que, na noite de S. João, pouco antes da meia-noite, o feto real brota uma flor vermelha e escura, que ilumina tudo o que estiver derredor. À meia noite, essa flor larga uma semente invisível, que confere uma infinidade de virtudes mágicas possíveis:

  • Obter conhecimento a respeito do que quiser.
  • Obter força mágica, para derrotar demónios.
  • Obter uma espécie de magnetismo carismático, capaz de atrair as pessoas que se deseje ou de produzir encontros fortuitos com quem se queira, e de convencer a pessoa atraída a aceder às vontades do detentor da semente mágica.

Mas a sua apanha é difícil e perigosa, porque há entidades maléficas (como sendo, o Diabo, bruxas ou almas penadas) que também desejam apanhar a semente encantada, pelo que é necessário vencê-las, para a obter.

A tradição popular prescreve, para esse efeito, que é preciso, aquando da meia-noite, pôr-se sob o feto um lenço, guardanapo, pano ou toalha, para onde a semente invisível possa cair, sem se perder, visto que, se cair ao chão nunca mais se volta a encontrar. Para que o diabo não interfira com esta solução, a tradição popular aconselhava a que se desenhasse um signo saimão no chão, englobando o espaço ocupado pela planta e pelo aventureiro, porquanto o Diabo era incapaz de entrar nesse espaço.


Fonte

Comentários